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sábado, 3 de setembro de 2011

Olhem para a China!

Olhem para a China!
(Pensamento Greco-romano e chinês)
A cultura oriental e notadamente a chinesa, lugar oposto ao mundo, sempre foi relegada ao estranho e até ao diabólico. Muitos estudiosos como o Jung e outros já atentavam para a necessidade da complementariedade dos opostos. Hoje a economia dá uma guinada e o império representado pelos EUA pende para o oriente. Hora de conhecer melhor este dragão que tanta assusta a marinheiros de primeira viagem.
Pelo nosso lado do ocidente, o pensamento greco-romano é hierarquizado, vê o mundo por categorias (Conceitos gerais que exprimem as diversas relações que podemos estabelecer entre ideias ou fatos). A atitude do filosofo concebido nesta cultura é a apreensão do conhecimento pelo distanciar-se da realidade, dividi-la, ver em análise, por partes. Com isso uma percepção errônea de que se pode estabelecer a ordem, porém a mesma está na cabeça do expectador filósofo que chegou a um conceito (que continua válido?)
No pensamento chinês, contudo, há uma lógica chamada de paradoxal. O mundo e as divindades são dinâmicos. A ordem não é por hierarquia e as coisas não são conceituadas, são ora uma, ora outra, conforme se reage a elas. A ordem não é estabelecida, é uma dinâmica de interações entre os seres e coisas do Universo, do qual o sujeito atua não atuando.
O conhecimento não é pela razão, mas pelo que chama de totalidade, ou caminho experimentador, ou Tao, em que se está envolvido na existência. O complexo do pensamento chinês é que, é aparentemente extremamente simples, é descontínuo como os ideogramas que se distinguem da linearidade da escrita ocidental, dedutiva.
E para concluir este texto, diria que talvez você não tenha aprendido nada e isso é muito importante; se chegou até a esse conhecimento, leia o texto abaixo:

Cap.1) do Tao Te Ching (livro do caminho e da virtude)

O Tao de que se pode falar não é o verdadeiro e eterno Tao.
O nome que pode ser dito não é o verdadeiro nome.
O que não tem nome é a origem do Céu e da Terra
E o nomear é a mãe de todas as coisas.

Sem a intenção de o considerar,
Podemos apreender o mistério e as suas subtilezas,
Através da sua ausência de forma.
Tentando considerá-lo, só podemos ver a sua manifestação
Nas formas que definem o limite das coisas.

Ambos provêm da mesma fonte e são o mesmo.
Diferem apenas devido ao aparecimento dos nomes.
São o mistério mais profundo,
a porta para todos os mistérios.
 

Um comentário:

  1. Gostei muito do teu post, da tua perspectiva, do teu blog em geral, que estou lendo aos poucos.

    Um abraço.

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