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terça-feira, 26 de julho de 2011


Saudações escritores, meus queridos inspiradores e amigos invisíveis. Vc que por aqui passa comente. Este blog é de crítica literária.

Dia do escritor
Leitores generosos e cansados
O leitor dá ao escritor um crédito pelas primeiras páginas de um romance ou conto, ou linhas de um texto, mas se não houver interesse, a continuidade pode ser um exercício árduo de paciência aos assíduos, os próximos títulos deste escritor... Há leitores generosos que leem assim mesmo. O que cair na mão vai se lendo, mesmo com o nariz torto ou abano de cabeça.
Existem leitores pios que creem no narrador onisciente, como se estes possuíssem todo o conhecimento das personagens e enredo possíveis ou que o único enredo é aquele apresentado na sua obra. Se o autor os convenceu, escreve bem e por estes sacrificam-se a vista noturna detrás do abajur.
As personagens saltam das páginas e pulam para dentro de um texto quando uma ideia e contexto lhe são próprios a vir à luz, porque o escrever e o ler desenvolvem uma terceira visão. Digamos um triângulo que se encaixa com o leitor que fazem uma estrela de seis pontas, o texto está pronto.
O que cansa o leitor? A resposta foi repetição de ideias, não a cacofonia (repetição de sons das palavras), mas os adjetivos soando quase como um estigma (fulano cego, o cego fulano de tal, o grande tal, etc.).  Aí também a questão do estereotipo. Personagens sem alma são obsoletos. Para os grandes escritores até as cadeiras tinham alma; para os idealistas nada importa mais que “passar” suas ideias prontas e seus pontos de vista numa história comprida, e se forem estes personalidades com o carimbo inglês de Best seller, todos “têm” de ler.  Há pessoas que só compram livros de escritores renomados e outras que colocam este título no rol de sua biblioteca como uma verdade inquestionável. Muitos só leem o prefácio de alguém famoso e que alimenta o ponto de vista de seus leitores e as conversas de botequim. Livros como um bem material, um investimento com lastro no dorso.  Todavia, o leitor atento descobre nesses o enredo sutil, o que esconde – friso isso, porque certas obras líderes em vendagem têm um caráter global da verdade e polêmicas e, contudo, trazem muitas contradições de bojo.
Faço também aqui a critica a um tipo de literatura paternalista, do texto excessivamente superficial que quer evitar os termos “chulos” e amenizar, glosar, dar voltas que não levam a lugar nenhum e se perdem no abstrato e no formal. O escritor tem escrever e às vezes se sente compelido por motivo pessoal (como um profeta) ou necessidade espiritual ou outro que não o mercadológico, provavelmente nunca vai ser um campeão de vendagem ou personalidade se não tiver uma editora forte ou dinheiro por trás, mesmo sendo bom. O escritor não é alguém de cadeira em academia, dicionário ambulante, fumante de charutos e dono de iate, aliás, o escritor não é ninguém sem o leitor e o seu dia é 25 de julho.  Saudações a eles e em qualquer meio que milite, jornal, revista, blogs, site, etecetera.

2 comentários:

  1. Escrever com o coração faz a diferença. Grata pela visita amiga, uma ótima semana. Um abraço!

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  2. Puramente realista seu texto. Você escreve muito bem, suas palavras despertam uma reflexão profunda, complexa e simples ao mesmo tempo!
    Fiquei feliz com o que li aqui e farei de seu blog um pedacinho do meu mundo virtual!
    Um grande abraço!
    http://divaedevaneios.blogspot.com/

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