Aproveitei o comentário da pesquisa sobre livros da sessão do jornal e coloquei minha opinião.
Resposta ao Grafites de 20/04/2012, no jornal A Tribuna
Sobre o Grafites de sexta-feira, 20, “Em busca de novos
escritores”, A Tribuna está de parabéns pelo espaço que vem abrindo para os
escritores com a coluna Prosa & Verso semanal e outros campos para artigos
e crônicas, bem como divulgação de eventos literários e lançamentos de obras.
Considero muito apropriado o texto crítico feito pela coluna hoje, de fato, nós
escritores temos de buscar a abordagem correta, dialogar com o leitor de forma
sucinta, mas profunda. Não podemos simplesmente destrancar gavetas com escritos
velhos, o livro deve ser resultado de um projeto elaborado, quer seja conto ou
romance deve ter uma abordagem própria, em detrimento da vaidade do autor. O
livro ou texto deve ser tal que o autor saiba dizer sobre ele o que quis dizer
e descobrir qual o objetivo quis alcançar, com quem está se comunicando. Se é
somente consigo mesmo, que vá fazer terapia. Sou contra o argumento de que o livro
tem de ser doado. Exceto aos reconhecidamente pobres, tem de ser vendido sim.
Aliás, pela experiência que temos aos tidos como pobres é que fazem questão de
pagar e não aceitam mera doação, quando querem possuir uma obra assinada e
autografada, mesmo que o escritor seja um vizinho ou conterrâneo. Afinal, o bom
livro demanda trabalho e custo, e muito trabalho e amor, amor, e uma verdadeira
obra vale por gerações, quer a comprem ou não. Acrescento ainda que escrever
pode ser um processo angustiante, de ansiedade, de debilidade física e
intelectual, mas é um ato de amor em se comunicar com o leitor transcendental,
e quando findo é uma obra, uma vida.
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